O primeiro-ministro israelense Yair Lapid em reunião com seu gabinete, Al-Quds (Jerusalém), 24 de julho de 2022. (Foto: AFP)
O regime israelense tenta forçar os EUA e a União Europeia (UE) a abandonar as negociações nucleares com o Irã.
Hispantv – Conforme noticiado na quinta-feira pelo jornal The Times of Israel, o primeiro-ministro deste regime, Yair Lapid, pressionou os Estados Unidos e a UE a abandonar as negociações que estão sendo realizadas em Viena (capital austríaca) para renovar o acordo nuclear assinado em 2015 entre o Irã e o G5+1 — então formado por EUA, Reino Unido, França, Rússia e China, além da Alemanha — oficialmente chamado de Plano de Ação Conjunto Integrado (PIAC ou JCPOA, na sigla em inglês).
Segundo os representantes israelenses citados pelo jornal, o Ocidente deve sair dessas negociações, pois “qualquer outra ação envia uma forte mensagem de fraqueza”.
“O Irã rejeitou a oferta e chegou a hora de se levantar e ir embora”, disse um alto funcionário, depois de argumentar que essa oferta foi definida para “pegar ou largar”.
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Conhecendo a política externa do Irã contra o sionismo, Israel está fazendo de tudo para sabotar o renascimento do acordo nuclear, diz especialista.
Dada essa situação, a fonte acrescentou: “Israel, como todos sabem, não está vinculado a nada e fará o que for preciso para impedir um Irã nuclear”.
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O jornal israelense também indicou que Lapid teria transmitido esta mensagem ao chanceler alemão, Olaf Scholz; o embaixador dos EUA nos territórios ocupados por Israel, Tom Nides; e o presidente do Subcomitê do Congresso dos EUA para a Ásia Ocidental, Ted Deutch.
Desesperado com a postura dura do Irã em Viena, Israel está fazendo o possível para influenciar as negociações por meio de acusações ou pressão sobre o Ocidente.
Para atingir esse objetivo, o regime de Tel Aviv acusa o Irã de extorsão nuclear, embora tenha uma longa história nesse campo e o mundo esteja ciente de que obteve bilhões de dólares em armas, arsenal nuclear e subsídios dos EUA. EUA e outros países sob o pretexto do anti-semitismo e do programa nuclear iraniano.