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Sputnik –Em março de 2003 os EUA lideraram uma invasão multinacional em grande escala de Iraque, com o objetivo de mudança de regime e levar à justiça o líder Saddam Hussein. No entanto, a legalidade da guerra não foi estabelecida.
Após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova York, EUA, o então presidente do país George W. Bush (2001-2009) declarou repetidamente que o Iraque era responsável, e que trabalharia para uma mudança de regime.
O líder americano acusou Saddam Hussein de continuar a oprimir xiitas e curdos, de apoiar e organizar grupos terroristas em Israel e em outros países do Oriente Médio. A Casa Branca também acusou o Iraque de esconder armas de destruição em massa dos inspetores da ONU. Em 29 de janeiro de 2002 Bush proferiu seu discurso anual sobre o Estado da União, no qual ele usou o termo “eixo do mal” para se referir a três países que buscavam armas nucleares: o Irã, Iraque e a Coreia do Norte.
De acordo com o mandatário americano, o preço da indiferença em relação a isso seria “catastrófico”.
A Operação Iraqi Freedom foi uma invasão militar terrestre e aérea das forças da coalizão anti-Iraque dos EUA, Reino Unido e vários outros países, destinada a cumprir esse objetivo. Bagdá, por sua vez, chamou a guerra de Harb al-Hawasim, ou Guerra Final.
Em 17 de outubro de 2002, o Senado dos EUA aprovou o maior aumento no orçamentoi militar em 20 anos, que cresceu em US$ 37,5 bilhões (R$ 197,98 bilhões, na conversão atual) a US$ 355,1 bilhões (R$ 1,87 trilhão, na conversão atual), e antes disso Bush assinou uma resolução do Congresso autorizando o uso da força contra Hussein.
Em 28 de janeiro de 2003, em um discurso à nação, Bush prometeu fornecer provas de que Bagdá estava escondendo armas de destruição em massa. Em 5 de fevereiro desse ano o então secretário de Estado americano Colin Powell (2001-2005) dirigiu-se às Nações Unidas e declarou que Washington tinha amplas evidências da produção de armas de destruição em massa no Iraque, demonstrando para isso um frasco contendo “antraz”.
No entanto, a “evidência” apresentada pelo lado americano não impressionou o Conselho de Segurança da ONU, que não autorizou os EUA a usar força militar.
Em 17 de março de 2003 George W. Bush emitiu um ultimato, dando a Saddam Hussein e seus filhos Uday e Qusay 48 horas para deixarem voluntariamente o Iraque, ou os EUA e a coalizão tomariam medidas militares. O ultimato expirou em 19 de março, às
Nesse dia, o presidente dos EUA fez um discurso televisionado em que anunciou o início de uma operação militar contra o Iraque, e que o país tinha mais de 35 países ao redor do mundo apoiando essa decisão. Nesse mesmo dia, as forças da coalizão liderada pelos EUA entraram na zona desmilitarizada na fronteira entre o Kuwait e o Iraque.