Teerã (Prensa Latina) O Irã reiterou hoje sua recusa em conceder permissão para filmarem as suas instalações nucleares, segundo uma lei aprovada pela Assembleia Consultiva Islâmica (Parlamento).
O presidente do órgão legislativo, Mohammad Bagher Ghalibaf, afirmou que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não tem direito ao acesso dessas imagens.
‘Estamos determinados a fazer entrar em vigor a chamada Lei do Plano Estratégico de Ação para Combater as Sanções e Proteger os Direitos das Pessoas’, afirmou este domingo numa sessão do hemiciclo.
Ghalibaf especificou que o prazo para permitir essas operações expirou neste sábado.
Anteriormente, cerca de 200 deputados assinaram uma declaração, na qual destacam que o que foi aprovado pela Câmara é uma defesa contra os danos da indústria nuclear.
A lei aprovada em dezembro passado, eles apontaram, revolucionou o programa nuclear pacífico do Irã e respondeu às sanções dos EUA, enquanto buscava distanciar os compromissos políticos das conquistas técnicas no setor.
Teerã advertiu que a legislação catalisada pelo assassinato do cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh em novembro passado pode ser prejudicial às atividades diplomáticas.
Conforme aprovado, é exigido enriquecer urânio até 20% de pureza, cinco vezes mais do que o estipulado no acordo nuclear selado em 2015, e aumentar o armazenamento nacional dessa substância estratégica. Ele também exigiu a finalização da implementação do Protocolo Adicional, um acordo voluntário sobre enriquecimento nuclear entre a AIEA e os signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, incluindo o Irã.
A este respeito, o Ministro do Exterior iraniano, Mohammad Yavad Zarif, confirmou a oposição do governo ao plano, mas que seria obrigado a implementá-lo se fosse aprovado em lei.