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Sputnik – O ministro da Economia de Israel, Nir Barkat, afirmou na quarta-feira (24) que o Irã se tornou um “alvo legítimo” para os ataques com mísseis de Israel, alegando apoio iraniano a movimentos armados que se opõem ao Estado judaico.
Em entrevista ao The Telegraph, Barkat declarou também que a “recomendação é adotar a estratégia que o presidente [dos EUA] [John F.] Kennedy usou na crise dos mísseis cubanos”.
“O que ele basicamente disse então foi: um míssil de Cuba será respondido com um míssil para Moscou. E devemos garantir muito claramente que os iranianos entendam que não escaparão impunes ao usar representantes contra Israel.”
Barkat sugeriu que Israel poderia continuar suas ações militares e abrir nova frente com o Líbano, mesmo com gastos militares diários superiores a 250 milhões de dólares (cerca de R$ 1,2 bilhao).
Além disso, ele expressou a opinião de que a guerra em Gaza não foi travada “de forma suficientemente agressiva”.
O ministro também anunciou a proibição de palestinos da Cisjordânia trabalharem em Israel, substituindo-os por mais de 250 mil trabalhadores estrangeiros.
Em 7 de outubro, Israel sofreu ataque com foguetes sem precedentes da Faixa de Gaza como parte de operação anunciada pelo braço militar do movimento palestino Hamas.
Após isso, combatentes do Hamas entraram em áreas fronteiriças no sul de Israel, envolvendo-se em tiroteios com militares e civis e fazendo mais de 200 reféns. Segundo os dados mais recentes das autoridades israelenses, aproximadamente 1,2 mil pessoas, incluindo civis, soldados, cidadãos estrangeiros e trabalhadores, foram mortas, e mais de 5 mil ficaram feridas.
Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) assumiram o controle de todas as áreas povoadas perto da fronteira com Gaza e iniciaram ataques aéreos contra vários alvos, incluindo civis, na região.
Israel também anunciou um bloqueio total à Faixa de Gaza, interrompendo o fornecimento de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível.
No final de outubro de 2023, teve início a fase terrestre da operação israelense no enclave. As forças terrestres israelenses cercaram a cidade de Gaza, dividindo efetivamente o enclave nas partes norte e sul.