Ramallah 19 Mai (Prensa Latina) O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) exigiu hoje o acesso humanitário imediato à Faixa de Gaza para atender aos atingidos pelos bombardeios israelenses naquele território palestino.
A este respeito, o Fundo indicou a necessidade de assistir prontamente as vítimas civis do conflito, incluindo cerca de 250.000 crianças que precisam de serviços de saúde mental e proteção física dos cercos do exército de Tel Aviv, que estão entrando em seu décimo dia e totalizando 219 mortos, 63 dos eles menores.
Em nota, a diretora-executiva do UNICEF, Henrietta Fore, solicitou a entrada de pessoal e suprimentos essenciais, incluindo combustível, suprimentos médicos, embalagens com componentes de primeiros socorros e vacinas contra Covid-19.
‘Pedimos também que sejam estabelecidos corredores humanitários para que possamos entregar esses suprimentos com segurança, para que as famílias possam se reunir e ter acesso aos serviços essenciais, e para que os doentes ou feridos possam ser evacuados’, acrescentou.
Conforme relatado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde da Palestina, também há 1.530 feridos, a maioria civis, e entre as vítimas fatais, 36 mulheres e 16 idosos estão incluídos, além de crianças.
Uma fonte militar israelense afirmou que no último dia a aviação lançou mais de 120 bombardeios contra a Faixa, o que é considerado uma tática de saturação para demolir supostos alvos do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e da Jihad Islâmica.
A situação humanitária naquele território palestino caminha para um caos irreversível – ou pelo menos muito difícil – recuperação, já que os ataques do exército de Tel Aviv se concentram principalmente em áreas urbanas, onde destroem instalações civis, incluindo escolas, habitação e assistência médica.
Fontes das Nações Unidas em Gaza relataram que a aviação israelense em seus mais de 1.600 ataques destruiu total ou parcialmente 448 edifícios: 132 edifícios foram transformados em ruínas e 316 parcialmente afetados, incluindo seis hospitais e nove centros médicos.
Atualmente, estima-se que 52 mil palestinos permanecem refugiados em escolas da ONU em Gaza, como alternativa para sobreviver aos combates, identificados como os mais intensos dos últimos sete anos.