© REUTERS / Lisi Niesner
Sputnik – A vacina da Pfizer contra o coronavírus entrou no mercado em 2020, sendo anunciada como um produto extremamente seguro. No entanto, dados recentes relacionados a vacinas em todo o mundo podem estar colocando essas declarações em xeque quando se trata de efeitos colaterais e fatalidades.
Quando a primeira onda da pandemia de COVID-19 atingiu o planeta no início de 2020, os fabricantes de vacinas imediatamente iniciaram a busca por um produto que impedisse a doença de forma rápida e eficiente.
A aliança entre Pfizer e BioNTech foi uma das primeiras a apresentar sua “arma” contra a pandemia na forma de vacina de RNA mensageiro “revolucionária”, que recebeu como nome Comirnaty.
O produto foi desenvolvido usando uma tecnologia de ácido ribonucleico mensageiro (mRNA), que era totalmente inédita antes disso e entrou em testes clínicos em abril do mesmo ano. Esta tecnologia era tão nova que não existiam estudos de segurança, e nenhum efeito de longo prazo dessas vacinas foi avaliado.
Desde do primeiro dia, a vacina da Pfizer tem recebido muitos elogios dos principais meios de comunicação norte-americanos, britânicos e europeus, que coincidentemente não disfarçaram um aparente viés contra outros fabricantes de vacinas.
Mas, após o lançamento otimista, surgiram dúvidas sobre a segurança do produto, já que o número de mortes, algumas das quais podem ter sido causadas pela vacina da Pfizer, ultrapassou dados semelhantes de algumas outras vacinas.
Contagem de mortes da Comirnaty
Estatísticas oficiais do governo de 12 países – EUA, Índia, Brasil, Argentina, Índia, Chile, França, Alemanha, Reino Unido, Áustria, Itália e Dinamarca –, que foram coletadas e analisadas em 19 de abril de 2021, mostraram que no total ocorreram 2.485 mortes entre os que receberam a vacina contra COVID-19 da Pfizer/BioNTech. O que, por sua vez, corresponde a uma taxa de mortalidade média de 39,4 mortes por 1 milhão de doses administradas pela Pfizer – cerca de três a cinco vezes mais alta do que para as vacinas da AstraZeneca e da Johnson & Johnson.
A pior onda de mortes pela Pfizer foi registrada na Noruega, onde o número de fatalidades por milhão de doses administradas atingiu a marca de 143. Nos EUA, 1.134 pessoas perderam suas vidas após receber a vacina da Comirnaty, de acordo com os dados fornecidos pelo Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas do CDC (VAERS). Este último dado é 20 vezes mais alto que os números da vacina Johnson & Johnson. Os dados do Ministério da Saúde do México também mostram um número significativamente maior de efeitos colaterais para a Pfizer do que para a AstraZeneca ou outras vacinas (em 17 de abril, havia 2,08 casos de eventos adversos graves por 100.000 doses da Pfizer contra 1,56 casos da AstraZeneca, e para casos supostamente atribuídos a vacinação, a diferença é cada vez mais gritante – 2,62 contra 0,38 por 1.000 doses).
Ainda não foi estabelecida uma relação direta entre as mortes da Pfizer e suas vacinas.
A verdade inconveniente
Os meios de comunicação em todo o mundo relataram dezenas de mortes relacionadas com a vacina de mRNA da Pfizer. Mas nenhum desses casos parece ter sido devidamente investigado.
Em janeiro deste ano, a Noruega manifestou preocupação sobre 23 mortes relacionadas à Comirnaty, com jornalistas da Bloomberg também alertando sobre os riscos de vacinação para doentes com mais de 80 anos.
Na semana passada, repórteres franceses jogaram mais lenha na fogueira, citando o médico Michael Cohen, que disse que “os efeitos colaterais da Pfizer são mais importantes do que os efeitos colaterais de outras vacinas”. O contexto incluía a menção a 386 mortes relacionadas com a vacina da Pfizer na França. O Reino Unido também ficou preocupado com 314 fatalidades relacionadas com as vacinas Comirnaty, mas desta vez não foi a mídia, mas o governo que deu o alarme.
Nesse meio tempo, a Universidade de Oxford divulgou recentemente um estudo que mostra que o risco de trombose venosa parece ser 30 vezes maior com vacinas de mRNA do que com AstraZeneca.
E embora alguns olhos ficassem abertos à medida que a Pfizer parecia estar completamente imperturbável pelas revelações, isso não foi nenhuma surpresa, considerando o longo histórico de estratégias de marketing agressivas e indiscretas da empresa.
O núcleo do problema
Mesmo que o fabricante não pareça estar ávido para entrar em muitos detalhes relacionados à contagem de mortes, dados recentes mostram que as altas taxas de fatalidade podem ser causadas por falhas na tecnologia de mRNA, que não foi amplamente utilizada antes da pandemia de COVID- 19.
No início de 2021, documentos vazados de servidores da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), citados em artigo do jornal francês Le Monde, revelaram sérios problemas que a Pfizer estava enfrentando ao passar dos testes de laboratório para uma escala de plena produção comercial de sua vacina. De acordo com os documentos, houve uma perda significativa de integridade do RNA durante o processo – de 78,1% para 59,7%, com alguns lotes em 51%.
Em termos leigos, “baixa integridade do RNA” não significa apenas que a Comirnaty tenha uma baixa concentração da substância ativa, mas também que mais de 40% do mRNA são instáveis e podem produzir efeitos aleatórios e prejudiciais ao organismo. Documentos vazados também mostram que a Pfizer tentou superar o problema aumentando a dosagem, o que levou a um maior percentual de casos inflamatórios, trombofilia, paroxismo e outros eventos adversos.
Apesar do fato de que a EMA reconheceu esse problema com a Comirnaty, e-mails de altos funcionários do órgão regulador, como o vice-diretor da EMA, Noel Wathion, mostram que eles pressionavam fortemente a organização para acelerar a aprovação da vacina simultaneamente com a FDA (Administração de Drogas e Alimentos dos EUA). Se os materiais vazados são autênticos, pode-se perguntar por que a Agência Europeia faria lobby sobre os interesses de um fabricante de vacinas, apesar dos óbvios riscos à saúde relacionados a elas.
O que o futuro reserva
Embora todos os itens acima já possam levar a discussões sérias sobre o histórico de segurança da vacina Pfizer, há também a questão do efeito de longo prazo – um fator que ainda deve ser explorado.
Até agora, não houve estudos sobre a segurança a longo prazo da vacina, muito menos estudos sobre medicamentos e vacinas baseados na nova tecnologia de mRNA em geral. Cientistas e médicos ainda precisam explorar a ausência de qualquer risco de carcinogenicidade ou declínio na fertilidade.
Vou cobrir o assunto das vacinas de mRNA.
Eu vou alertar vocês.
Não leia este tópico do Twitter se quiser ficar preso na sua crença de que a vacina é o seu bilhete dourado para a vida pré-pandêmica!
Leia-o se quiser ser informado sobre o que seria injetado no seu corpo.
Assim como qualquer outra tecnologia inovadora, o mRNA foi recebido em todo o mundo com aplausos, com cautela ou com respostas negativas. Assim como a clonagem, ou quaisquer outras invenções que lidam com a biologia humana em um nível muito profundo, ele pode precisar de monitoramento internacional sério e discussões sobre sua segurança, bem como sobre suas aplicações em massa.
Mas se será possível para cientistas e médicos investigarem completamente os efeitos da vacina Pfizer e outros produtos baseados em mRNA sem a enorme pressão e lobby da Big Pharma e do establishment político, que parecem estar envolvidos em encobrir o surgimento de incidentes relacionados – isso ainda está para ser visto.