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Sputnik – Em entrevista à Sputnik, Taleb Ibrahim, analista político baseado em Damasco, afirmou que o presidente de Síria, Bashar al-Assad, é visto como a pessoa mais adequada para estar no comando de um país dilacerado pela guerra.
A decisão da população síria a respeito do novo governante do país será conhecida nos próximos dias. Uma delegação russa está na Síria acompanhando o pleito, segundo informações da agência SANA.
Enquanto o vencedor da eleição não é formalmente anunciado, Taleb Ibrahim falou sobre suas expectativas. Ele acredita que, embora a Guerra Civil Síria tenha deixado quase 400.000 mortos e milhões de desabrigados, Bashar al-Assad é visto como a pessoa mais adequada para estar no comando de um país dilacerado pela guerra.
O especialista disse ainda que “ele provavelmente vencerá a corrida presidencial nesta quarta-feira (26)”.
Em 2014, quando o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e outros países) estava em seu auge na Síria, o presidente Bashar al-Assad venceu a corrida presidencial, obtendo cerca de 90% dos votos.
Na Síria, avalia Taleb Ibrahim, a grande maioria da população apoia seu presidente e quer que ele permaneça no poder. “Ele é visto como um líder que dirigiu o país durante esta guerra complicada. Ele também é visto como uma pessoa que pode se manter firme em face da agenda ocidental e é ele quem pode ajudar o povo sírio a recuperar a estabilidade e a paz”, comentou.
Os críticos de Assad, por outro lado, sustentam que, mesmo antes da da Primavera Árabe, em março de 2011, Assad era criticado por ” oprimir” e “suprimir” as minorias do país.
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Bandeira nacional da Síria com foto de Bashar Assad, presidente do país, voando em um posto de controle do Exército sírio, na cidade de Douma, perto de Damasco, Síria, 15 de julho de 2018
Quando uma guerra civil estourou, ele foi repreendido por não ter deixado o cargo para dar lugar à oposição fragmentada, por reprimir os manifestantes e por instigar uma guerra que matou quase 400.000 pessoas e deslocou milhões de outras.
No Ocidente, ele também foi criticado por não aderir a processos democráticos e por contar com o Irã e a Rússia para lutar contra elementos considerados legítimos pela comunidade internacional, embora Damasco tenha repetidamente enfatizado que estava lutando contra extremistas.
Suas realizações, por outro lado, passaram em grande parte despercebidas. Foi ele quem ligou o país à Internet, abriu vários bancos, colocou a educação à disposição das massas, introduziu uma série de reformas econômicas e deu oportunidade à oposição de se expressar.
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Asma, mulher do presidente sírio, Bashar Assad, vota durante as eleições presidenciais em Douma, na Síria, 26 de maio de 2021