quinta-feira, dezembro 5, 2024

Copa do Mundo/Catar 2022: Um dia de goleada e belos gols

Seleção iraniana é goleada na estreia pela Inglaterra
 Zedejesusbarreto
É só o começo, apenas o segundo dia da competição, os estádios cheios, uma fartura de gols no jogo da Inglaterra – o time inglês já pintando na fita como um dos favoritos para o título pelo que mostrou em campo. Os holandeses tiveram trabalho contra os guerreiros do Senegal, órfãos de Mané, mas venceram. Pelos EUA, o jovem atacante Weah, filho do atual presidente da Libéria, que foi um grande artilheiro, marcou seu primeiro gol em copas, estreante. E os EUA, com uma equipe renovada, terminou cedendo empate ao País de Gales, ambos ainda no páreo por uma classificação nessa primeira fase.
 Nos gramados… essa copa promete. Bons jogos, lances bonitos e emoções.
 Gales arranca empate com EUA
O terceiro jogo da segunda-feira, o segundo dia da competição, aconteceu no belíssimo Estádio Ahmad Bin Ali, em Al Rayyan, a 20 km do centro de Doha, com capacidade para 40 mil pessoas. Arquibancadas cheias. Arbitragem do Catar, Abdulla Al Marri no apito.
Estados Unidos X Pais de Gales, valendo pelo Grupo B.
– O País de Gales jogou a sua derradeira Copa em 1958, quando perdeu para o Brasil, de 1 x 0, gol de um menino de 17 anos chamado Pelé, com direito a um chapéu curtinho no zagueiro marcador. Foi o primeiro gol do Rei em copas. É uma seleção pouco conhecida que tem como destaque o veterano Bale, 33 anos, em fim de carreira. Tem um elenco taludo. O treinador é um ex-zagueiro, 48 anos, Robert Page.
 – O time norte-americano é treinado pelo ex-zagueiro do Crystal Palace Greeg Berhalter, 49 anos. Tem como destaques o meia Pulisic, 24 anos, camisa 10 do Chelsea, que faz um bom meio-campo com McKennie, 24 anos, cabelo estiloso, que atua na Juventus da Itália, além do lateral Dest, do Barcelona. E Weah, com ‘dna’ de artilheiro. Incógnitas.
 – Com bola rolando …
  Pra começar, dois estilos. Os EUA trocando passes, bola no chão, toques rápidos, e o Pais de Gales espichando bolas longas, correria, cruzamentos pelo alto. Antes dos 10 minutos os americanos criaram duas chances claras de abrir o marcador, o goleiro galês Hennessey salvando. Algumas faltas duras, carrinhos, cartões… arbitragem catari  insegura. Os americanos com mais volume de jogo, atacando.  Dinâmica, ansiedade e pouca criatividade.
– Gol! 1 x 0 EUA, Weah, aos 37 minutos, invadindo pelo meio e completando boa trama coletiva dos americanos, deslocando o goleiro.
 – Detalhe: esse Weah (Timothy), 22 anos, nascido em NY, joga no Lille, da França, é filho do ex-craque, centroavante e goleador George Weah, que atuou no Milan entre 1995/2000 e chegou a se escolhido o melhor do mundo. Hoje é político, atual presidente da Libéria, onde nasceu, em Monróvia, em 1966.
No segundo tempo, o jogo continuou rápido, no chão, precipitações de parte a parte, muita marcação pelo campo inteiro. Levando 1 x 0, Gales voltou mais aceso, ofensivo, em busca do empate, na pressão. Aos 19’, o goleiro Turner, fez uma defesa espetacular, espalmando no alto uma cabeçada de frente, cara-a-cara. Animado. Por volta dos 25’, o treinador americano trocou três, pondo sangue novo, tentando reequilibrar as ações no meio-campo, quebrando um pouco o tesão do time galês.
– Aos 35’, Bale recebeu passe na área, de costas, foi acossado e caiu, na manha, na experiência. O árbitro marcou pênalti.
– Gol! 1 x 1, o veterano Bale, batendo o pênalti de com força, sem defesa. Aos 37 minutos. Empate. Justo pela vontade e maior volume de jogo dos europeus no segundo tempo.
 A briga pelo triunfo continuou acirrada, jogo acelerado até os 54 minutos finais concedidos pelo árbitro, como o torcedor gosta.
Holanda vence Senegal no final
– As 13h de segunda-feira, estádio Al Thumama, com capacidade para 40 mil pessoas. Muitos espaços vazios, houve problemas na validação de ingressos, filas na entrada. Nem tudo é perfeito, como se vê e prega. Tropeços tecnológicos (?). Primeira rodada do Grupo A.
– O Senegal, atual campeão da Copa da África, sem o seu astro maior, o atacante Mané, lesionado, mas com o goleiro Mendy, 30 anos, um dos melhores do mundo, e alguns craques que atuam na Europa, como Diallo, Cissé, Diá, Gueye…  e o treinador Aliou Cissé, um ex-atleta, meio-campista, ídolo nacional, 46 anos. Terceira participação do Senegal em copas.
A Holanda, favorita, em princípio, treinada pelo lendário Louis Van Gaal, 71 anos (invicto desde que assumiu), e craques como os zagueiros Van Dijk, De Ligt, Aké, o meia De Jong, o veterano Blind, o atacante Depay… Desde 1974, a Holanda tem se destacado como uma das grandes equipes da Europa, marcando presença nas copas.
 A bandeira do Senegal tem bela combinação de cores: branco, amarelo, verde e vermelho, torcedores juntos na arquibancada fazendo festa; o uniforme da equipe com o branco predominando. A Holanda com seu traje “Laranja Mecânica”, vistoso. Arbitragem brasileira, de Wilton Pereira Sampaio.
 Os campeões africanos tentaram surpreender no início, postados ofensivamente, dificultado a saída defensiva dos europeus, encarando, pressionando com força física, velocidade. Os holandeses buscavam envolver o adversário com a troca de passes. Duas escolas diferentes, jogo disputado, sem grandes predomínios e sem retrancas. Algumas boas chances, de parte a parte, mas os goleiros pouco empregados. As defensivas prevaleceram. Uma primeira etapa bem jogada, boa de ver, mas sem gols, emoções contidas.
 A segunda etapa começou sem a mesma intensidade, mas com o mesmo equilíbrio de ações, marcação forte. Aos 19’, o avante Diallo acertou um chute forte, a meia altura, no canto, mas o goleiro holandês Flekken foi buscar no rodapé. Boa chance. Aos 27’, outra boa defesa de Flekken num chute forte e frontal de Gueye. O Senegal mais solto, chegava mais inteiro na frente. De repente, esquentou e tudo mudou…
– Gol! 1 x 0 Holanda, aos 37’. Gakpo, 23 anos, 1m93, avante do PSV, antecipou-se ao goleiro Mendy e testou uma bola alçada da esquerda, milimetricamente, por De Jong.
 Dois minutos depois, o Senegal em cima, chutaço de Bamba, no cantinho, para outra grande defesa do goleiro Fekken, evitando o empate.  Os europeus passaram a travar o ritmo e administrar a vantagem, oito minutos de acréscimos determinados pela arbitragem. Daí …
 – Gol! 2 x 0 Holanda, Klassen, completando rebote do goleiro, depois de chute cruzado de Depay, no último lance do jogo. Os holandeses tiveram mais paciência, manha e definiram no final, quando o Senegal parecia melhor, mais inteiro.
 De Jong, meio-campista do Barcelona, foi o destaque
Inglaterra atropelou Irã

Inglaterra supera Irã e estreia com goleada na Copa do Mundo do Catar

La selección nacional del fútbol de Irán.

Estádio Khalifa International, com capacidade para 45 mil pessoas, primeiro jogo do Grupo B, às 10h de segunda-feira, arquibancadas cheias, arbitragem brasileira de Raphael Clauss, com auxílio do VAR.  Os ingleses de camisetas brancas com detalhes em azul, os iranianos de vermelho total. O primeiro confronto entre eles na história das copas. O Irã treinado pelo português Carlos Queiroz, os ingleses por Gareth Southgate.
 – Pressão inglesa desde o começo, apertando a saída de bola defensiva do Irã, atuando inteira no campo adversário, impondo-se.  Por volta dos 10 minutos, o goleiro iraniano chocou-se com o zagueiro numa saída de gol à toa, quebrou o nariz e teve de ser substituído. O jogo ficou parado por uns 10 minutos por conta do atendimento ao arqueiro. Depois desse incidente e paralização o Irã tentou entrar na briga, equilibrar as ações no meio-campo. Entradas duras de parte a parte, muitas faltas, pouco futebol. Aos 31’, bola alta cruzada, cabeçada do zagueiro inglês Maguire, no travessão.
– Gol! 1 x 0 Inglaterra, aos 35 minutos. Cruzamento largo, da esquerda, o jovem meio-campista Bellingham (19 anos, joga no Borússia Dortmund) subiu mais que a zaga e testou bonito, no canto. Justo.  Abriu a porteira.
– Gol! 2 x 0 Inglaterra, aos 43 minutos. Um golaço de Saka (21 anos), acertando um chutaço de canhota, de primeira, a bola arriando na área após uma disputa aérea. Entrou no ângulo, estufando as redes.
 – Gol! 3 x 0, aos 45’, Sterling, completando de primeira, de frente, um cruzamento de Kane, da direita. Bela jogada coletiva, estilosa conclusão.  A arbitragem deu 14 minutos de acréscimos.
 Superioridade evidente da Inglaterra na primeira etapa. Qualidade individual e jogo coletivo. Convincente exibição dos súditos do Rei Charles.
  O panorama não mudou após o intervalo. Os ingleses já evitavam as divididas mais duras, para evitar lesões.
– Gol! 4 x 0, goleada pintando. Saka, aos 17 minutos. Recebeu na direita, livrou-se da marcação, cortou para o meio e bateu de canhota, colocado, rasteiro, no canto oposto.
– Gol! 4 x 1 Irã. Taremi aos 21 minutos, aproveitando-se de um rebote na área, cochilo inglês, batendo firme. Diminuiu, mas …
– Gol! 5 x 1, Inglaterra. Rashford, que tinha acabado de entrar, recebeu outro ótimo passe de Kane, livrou-se fácil da marcação e chutou colocado, rasteiro, na saída do goleiro, ampliando a goleada, aos 23’.
– Gol! 6 x 1, aos 44 minutos. Grealish, que entrou na segunda etapa, completou livre na grande área um contragolpe perfeito, puxado por Bellingham e Wilson.
– Olhe o VAR!  Já nos acréscimos, após um escanteio alçado na área inglesa, o VAR acionou o árbitro brasileiro Clauss, o atacante iraniano teria sido puxado pela camisa… pênalti!
– Gol! 6 x 2 – Taremi, 30 anos, ídolo e artilheiro iraniano, bateu bem a penalidade, deslocando o goleiro Pickford. No apagar das luzes.
   No show da goleada impiedosa dos ingleses, destaque para o veterano Kane, líder, comandando os contragolpes com passes precisos; a elegância e o fôlego do apoiador Bellingham, eleito o craque do jogo, e a habilidade e esperteza do garoto Saka, lépido. A Inglaterra pintou no pedaço, com um elenco de qualidade.
 Os jogos da terça
– Pelo Grupo C: Às 7 h, no Estádio Lusail, Argentina x Arábia Saudita
                             Às 13h, no Estádio 974, México x Polônia
– Pelo Grupo D: às 10h, no Estadio Education City, Dinamarca x Tunísia.
                             Às 16h, no Estádio Al Janoub, França x Austrália
 Então …
 Os ocidentais cristãos de ‘esquerda’, tão historicamente limpinhos, como bem sabemos, a pregar uma nova cruzada de intolerância contra os mouros do Catar, por conta da Copa do Mundo no Oriente Médio.
 Militantes, em armaduras!
Zedejesusbarreto  21nov2022
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