© REUTERS / Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica / Wana / Handout
Israel tem se oposto ao desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã e ameaça agir militarmente caso seu desenvolvimento por Teerã não seja limitado.
Teerã conduziu nesta semana exercícios militares no golfo Pérsico, que foram um aviso a Israel, afirmaram na sexta-feira (24) oficiais do Irã.
“Através de uma simulação das instalações atômicas de Dimona, os Guardiões da Revolução praticaram com sucesso no seu exercício um ataque de mísseis contra este centro crítico do regime sionista”, informou a agência iraniana Tasnim, em referência ao Estado judaico.
Hossein Salami, chefe do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), também comentou as manobras militares.
“Estes exercícios tiveram uma mensagem muito clara: um sério e real [..] aviso às ameaças das autoridades do regime sionista para tomarem cuidado com seus erros“, disse em declarações à mídia estatal, citado pela agência britânica Reuters.
“Cortaremos suas mãos se derem um passo errado. […] A distância entre operações reais e exercícios militares é apenas a mudança dos ângulos no lançamento dos mísseis”, acrescentou ele.
Mohammad Bagheri, major-general e chefe do Estado-maior das Forças Armadas do Irã, anunciou que 16 mísseis balísticos de diferentes classes foram disparados simultaneamente e eliminaram os alvos pré-determinados.
Teerã diz que seus mísseis balísticos têm um alcance de 2.000 km e que são capazes de atingir bases militares de Israel e EUA no Oriente Médio.
Israel tem se oposto à retomada do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), ou acordo nuclear iraniano de 2015, que limita os níveis de enriquecimento de urânio necessários para produzir uma arma nuclear, em troca do cancelamento das sanções impostas ao Irã.
Durante as negociações nucleares em Viena, Áustria, as autoridades israelenses declararam que não querem esperar que o Irã desenvolva armas nucleares e propõem atacar instalações nucleares iranianas se as discussões falharem. Durante a última década, o país também tem conduzido assassinatos de cientistas nucleares do Irã.