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Sputnik – Moscou não vai deixar sem resposta quaisquer novas sanções do Ocidente contra a Rússia, declarou o ministro das Relações Exteriores russo durante coletiva de imprensa após conversações com homólogo armênio, Ara Ayvazyan.
“Esta sequência de sanções, iniciada por membros da União Europeia e outros países ocidentais, inclusive os EUA, está obviamente prosseguindo. Nós não deixaremos sem resposta tais ataques em relação à Rússia, a representantes da chefia russa, a parlamentares da Federação da Rússia e a nossas empresas, que, segundo a UE, são culpadas apenas por serem registradas em um país que a União Europeia decidiu declarar agressor sem qualquer fundamento convincente e de forma absolutamente ilegal“, expressou o chanceler russo.
Bruxelas se mostra obcecada pela “mania de impunidade”, considera Lavrov.
“A UE ter anunciado ilegitimidade e ausência de justificativa jurídica internacional de nossas ações significa apenas uma coisa: que a União Europeia acha que tudo é permitido para ela. E quando a UE começa a nos ameaçar com novas sanções, eu venho a pensar que, além desta sensação de permissividade e infalibilidade, o bloco começa a ficar obcecado por outra mania, ou seja, a de impunidade total”, acentuou o diplomata.
“Eu acho que este caminho é sem saída […]. O lobby russofóbico agressivo na UE está fazendo seu trabalho […]. Não podemos não responder a esta hostilidade”, adicionou.
‘Arquitetura das relações entre Rússia e UE é destruída por Bruxelas’
“Em se tratando das relações entre a Rússia e a União Europeia, entre as estruturas de Bruxelas, toda a arquitetura destes laços, que foi, talvez, desenvolvida sem precedentes em seu tempo, foi destruída por Bruxelas devido aos eventos ocorridos na Ucrânia e na Crimeia, e que desagradaram nossos colegas ocidentais”, disse o chanceler russo.
Para o chanceler russo, a situação deveria ser completamente diferente: Moscou deveria reclamar do apoio e dos incentivos da Europa ao golpe de Estado na Ucrânia.
As relações entre a Rússia e países ocidentais deterioraram devido à situação na Ucrânia e em torno da Crimeia, que se reunificou à Rússia após referendo. O Ocidente, acusando a Rússia de interferência, impôs sanções antirrussas, e Moscou tomou medidas retaliatórias. Além disso, Kremlin já declarou inúmeras vezes não fazer parte do conflito na Ucrânia.