Morales: Os EUA são o único pária que provoca golpes e guerras

O ex-presidente boliviano Evo Morales.

Após advertências do governo Biden à Rússia contra o uso de armas nucleares, Evo Morales lembra que os EUA são o único que usou tais armas contra civis.

HispanTV – No caso de o presidente russo, Vladimir Putin, recorrer ao arsenal nuclear, seu colega norte-americano, Joe Biden, em entrevista à rede local CBS, prometeu na sexta-feira que a Rússia “se tornará um pária no mundo mais do que tem sido”.

Biden adverte Putin contra armas nucleares; Aqui resposta da Rússia
Por meio de uma mensagem publicada neste domingo no Twitter, o ex-presidente da Bolívia Evo Morales denunciou a política agressiva dos EUA e o papel que tem no conflito na Ucrânia.

Referindo-se aos ataques nucleares dos Estados Unidos às cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, salientou que o país norte-americano é o único que utilizou armas atómicas contra civis. Os bombardeios atômicos que mataram mais de 450.000 pessoas antes do final de 1945.

Hiroshima marca o 77º aniversário do ataque nuclear dos EUA
“O único pária são os EUA que provocam golpes de estado e guerras no mundo”, denunciou Morales.

Diante das acusações de que a Rússia poderia usar armas nucleares durante sua operação militar na Ucrânia, o Kremlin ressaltou que não busca usar armas nucleares em sua operação contra a Ucrânia, porque não há ameaça de agressão com armas de destruição em massa.

Isso, enquanto Moscou acusa Washington de insistir que pode usar armas nucleares em qualquer conflito militar.

No mesmo sentido, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reconheceu em agosto que seu país poderia usar armas nucleares em qualquer guerra em circunstâncias extremas para defender seus “interesses vitais”.

Rússia pede que EUA eliminem infraestrutura atômica na Europa
Os Estados Unidos têm o maior e mais avançado arsenal nuclear do mundo, mas saíram dos instrumentos legais de controle de armas, incluindo o Tratado de Mísseis Antibalísticos (ABM) e o Tratado de Forças Nucleares dos Estados Unidos. Washington se recusa a ratificar o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT).