O setor bancário do Afeganistão já entrou em colapso, disse o primeiro vice-presidente do anterior governo afegão, Amrullah Saleh, que se declarou presidente interino após o Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista) chegar ao poder no país.
Após um relatório da Organização das Nações Unidas sobre possível colapso do sistema bancário afegão, Saleh revelou que ele já entrou em colapso.
Em sua mensagem no Twitter na quinta-feira (24), Saleh mencionou a ausência de professionais e diretores executivos no setor bancário afegão.
“Os bancos privados estão com zero depósitos, renda de juros é zero, recuperação de empréstimos é impossível, profissionais, diretores executivos e proprietários saíram e o Banco do Afeganistão é um boneco”, escreveu Saleh.
Os bancos privados estão com zero depósitos, renda de juros é zero, recuperação de empréstimos é impossível, profissionais, diretores executivos e proprietários saíram e o Banco do Afeganistão é um boneco. Paquistão como o ocupante assustador tem que injetar dinheiro e resgatar seu representante.
Descongelamento das contas bancárias do Afeganistão
Enquanto isso, hoje (24) o porta-voz do Talibã, Suhail Shaheen, disse à Sputnik que o movimento tem vontade de discutir com os Estados Unidos o reconhecimento do governo provisório dos islamistas, a participação dos EUA na recuperação do Afeganistão e o descongelamento das contas bancárias do país durante uma reunião em Doha.
Shaheen sublinhou que as sanções e a recusa dos EUA em descongelarem as contas afegãs ameaçam agravar a situação humanitária no país.
“Devido ao congelamento desse dinheiro, nosso povo enfrenta […] problemas humanitários […] As sanções impostas pelos EUA e outros países contra o povo afegão levam à deterioração […] da situação humanitária no país e têm efeitos negativos sobre as pessoas”, segundo Shaheen.
Na segunda-feira (22), a ONU advertiu que o sistema bancário do Afeganistão poderá colapsar em breve porque a saída abrupta de todo o apoio ao desenvolvimento no país, depois que o Talibã assumiu o poder em 15 de agosto, levou a uma queda vertiginosa da economia afegã.